Exercitando os sentidos
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- Categoria: degustando
Assim como quase tudo na vida. Ser um bom degustador também requer prática, e não só habilidade. Então, que tal praticar?
Como reconhecer vinhos encorpados
O corpo de um vinho é a textura e o peso dele, na boca. O corpo de um vinho varia em função do teor alcoólico, dos taninos, do contato com a madeira...
Um bom paralelo, para entender essa sensação, dá-se com o leite. Compare a diferença entre o leite desnatado e o leite integral. E no caso dos vinhos? Compare a diferença entre um leve Sauvignon Blanc neozelandês e um encorpado Chardonnay da Califórnia. Ou então, para os tintos, entre um leve Valpolicella e um encorpado Barolo.
Como reconhecer vinhos tânicos
Para esse exercício, compare duas xícaras de chá preto, um bem diluído e um bem concentrado. A mesma diferença de adstringência, ou secura na boca, acontece entre os vinhos, dependendo do nível de taninos. Compare extremos, degustando um vinho produzido com a uva Gamay e um vinho produzido com a uva Tannat.
Se quiser ler mais sobre taninos, clique aqui.
Como reconhecer vinhos ácidos
Fácil, rápido, simples. A acidez refresca o paladar, mas, em excesso, traz um gosto azedo. Como treinar seu paladar para a acidez? Esprema meia laranja em um copo cheio d’água. Em outro, esprema meio limão. Prove a diferença.
Agora, contraponha a baixa acidez de um vinho branco produzido com Marsanne, e a elevada acidez de um português Vinho Verde. E, se quiser saber mais sobre Vinho Verde, clique aqui.
Como reconhecer vinhos amadeirados
No vinho branco, a passagem por madeira dá um caráter amanteigado ao vinho. O exemplo mais clássico de todos é a diferença entre Chablis (Chardonnay mineral da Borgonha), e um Chardonnay tipicamente californiano, envelhecido em barris de carvalho. Procure a sensação de manteiga nesse segundo, e você encontrará.
Em tintos, as notas de carvalho remetem, com mais frequência, ao aroma da baunilha. Quer dois extremos, para comparar? Um espanhol, de Rioja, rotulado como Joven, que é um vinho em seu primeiro ou segundo ano após a colheita, fresco e frutado, ideal para ser degustado ligeiramente gelado. No outro oposto, um Cabernet Sauvignon do Vale do Napa, que tem, nitidamente, a influência do carvalho novo, com muitos compostos aromáticos transmitidos ao vinho.
A boa notícia: para reconhecer todos esses aspectos do vinho, é necessário muito treinamento. Então, exercite-se!
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